terça-feira, 20 de março de 2012

Amores Proibidos

Coração sem dono pelas avenidas
Procurando calor
Fantasias que jamais terminam
E eu sem seu amor

Amores por quem se dá a vida
E um pouquinho mais
Eu te quis desde o primeiro dia e dando
Sem medo, sem paz

Amores proibidos
Que vem e que vão
E nunca saíram
Que não voltaram

Amores que matam
E doem demais
Amor pra esquecer
Amor pra lembrar
Não vá me deixar

Olhares que te dizem tanto
E te fazem sonhar
Madrugadas que jamais terminam
Inverno, verão

Mais uma vez
Te encontrarei
Me encontrarás

Amores proibidos
Que vem e que vão
E nunca saíram
Que não voltaram

Amores que matam
E doem demais
Amor pra esquecer
Amor pra lembrar
Não vá me deixar.

Tânia Mara

Amor Infinito

Nos teus olhos
Posso enxergar os meus
Sonhos mais lindos
Teu sorriso faz o mundo mudar
Ar que eu respiro

Flor que cresceu dentro de mim
Hoje brinca com as flores do meu jardim
Faz o que quer de mim
Canta me põe pra dormir
E assim hoje tenho o que preciso
Meu coração teu abrigo
E o nosso amor

E assim hoje tenho o que preciso
Meu coração teu abrigo
E o nosso amor infinito

Flor que cresceu dentro de mim
Hoje brinca com as flores do meu jardim
Faz o que quer de mim
Canta me põe pra dormir
E assim hoje tenho o que preciso
Meu coração teu abrigo
E o nosso amor

E assim hoje tenho o que preciso
Meu coração teu abrigo
E o nosso amor infinito.

Tânia Mara

quarta-feira, 14 de março de 2012

Não Encontro Palavras

Despertou meu coração
Tocou minha alma
Quando ouvi nossa canção
De madrugada
Impossível esquecer
Quando se ama

Tentei falar com você
Você não estava
Mesmo assim ouvi sua voz
Na secretária
Eu quis te dizer
Mas não disse nada
Eu quis te dizer...

Sem você aqui eu não sou nada
Perco a cabeça perco a calma
Pois sem você nada mais faz sentido
Minha vida é sem graça

Sem você aqui eu não sou nada
Perco a cabeça perco a calma
E quero gritar e gritar e gritar
Mas não encontro palavras

Amor sem você eu não sou nada
Sem o teu amor.

Tânia Mara

segunda-feira, 5 de março de 2012

Distantes Demais

Somos Somente a fotografia.
Dois navegantes perdidos no cais
Distantes demais
Somos instantes, palavras, poesia
Dois delirantes ficando reais
Distantes demais
Noites de sol, loucos de amar,
Quem poderia nos alcançar.
Eu e você, sem perceber,
Fomos ficando iguais,
Longe,
Distantes demais

Lenine

A flor e o espinho

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor.

Lenine

quinta-feira, 1 de março de 2012

Amor É Pra Quem Ama


Qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um montão de claridade
contribuição
pra cura dos problemas da cidade

Qualquer amor que vem
desse vagabundo e bobo
coração atrapalhado
procurando o endereço
de outro coração fechado

Amor é pra quem ama
Amor matéria-prima
A chama
O sumo
A soma
O tema
Amor é pra quem vive
Amor que não prescreve
Eterno
Terno
Pleno
Insano
Luz do sol da noite escura
"qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um descanso na loucura"

Lenine

O silêncio das estrelas

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, feito estrelas que brilham em paz, em paz...

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais...

Lenine

O céu é muito

O céu é muito
Para o sol

Alcança só
O que gravita

O tempo é longo
Pra quem fica

A terra gira
Pra nós dois

Um ano é pouco
Pra depois

O mundo é largo
Pra quem fita

A lua é manto
Para o mar

Querer é tanto
Para a vida

A lua é longe
O sol é mais

Por que você
Não acredita?

Lenine

A Medida Da Paixão

É como se a gente
Não soubesse
Prá que lado foi a vida
Por que tanta solidão?
E não é a dor
Que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão...

Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou...

É como se a gente
Pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração...

Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Nem me avisou!
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me maltratou...

Lenine

Redoma

Hoje eu cansei de saudade
E vou mandar te trazer
Nem que precisem mais de mil cavalos brancos
Pra te convencer

Nessa espera eu te guardo
Numa redoma de cetim
Que eu teci enquanto cantava
Naquele dia em que eu te conheci

Se eu fosse um rei
Eu te dava abrigo no meu país
Mas eu não sou
Por isso segues como exilado
Sem saber de mim

Hoje não importa nem teu nome
Insisto em te afirmar
Que essa espera é só uma gota
Que só se faz transbordar

Se eu fosse quem você espera
Juro faria-te um ser
Muito maior do que tu sonhas
Muito mais livre do que se possa crer.

Filipe Catto

Roupa do Corpo

Deixei meus trapinhos em cima da cama, fiz tudo ligeiro:
Peguei maquiagem, valise e coragem enquanto não vinhas
Peguei o dinheiro da minha passagem, que era só de ida
Não olho pra trás, parti e não vou mais é voltar pra essa vida
Deixei na tua casa uma rosa vermelha e um bilhete dizendo:
"Cuide bem dessa rosa, trate ela melhor do que tratou a mim"
Nem beijei o papel, dobrei, saí no calor do momento
Vou com a roupa do corpo mesmo sem ter pra onde ir
No caminho da rua sambei meia hora em cada esquina
Entrei em boteco, fiz doze amigos do peito e da pinga
Eu bebi, ri, subi em cima da mesa dizendo "Seu moço,
Trás mais uma gelada que a nega aqui hoje teve alforria!"

Quando a noite chegou, subi no bonde correndo
Cantando e batendo com os dedos um samba na palma da mão
Eu não olho pra trás, não, não me arrependo
Vou com a roupa do corpo, não sei bem pra onde mas não paro não.

Filipe Catto

Ave de Prata

É muito mais do que muito
Muito mais do que quantos anos todos piorei
É muito mais do que mato
Muito mais do que morrem
Todos pela planta do pé
É muito mais do que fera
Mais do que bicho se quiser procriar
Uma espécie, sementes da água
Mistérios da luz

É muito mais do que antes
Mais do que vinte anos multiplicar
Dividir a mentira
Entre cabelos, olhos e furacões
Inventar objetos
Pela esfinge quando era mulher
Ave de prata, veneno de fogo
Vagalume no mar

O mar que se acaba na areia
Gemidos da terra apoiados no chão
Entre todos que usam os dentes do arpão
Apoiados em cada parede pela mão
Pela mão que criou tantas trevas e luz

E cada coisa perdida
Perdidamente pode se apaixonar
Pela última vida
Poucos amigos hão de te procurar
Como é o silêncio?
E nesse momento, tudo quer se calar
Pruma história que venha do povo
O juízo final.

Filipe Catto

Olhos Nos Olhos

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

Filipe Catto

Juro Por Deus

Juro por Deus, já pensei até mesmo
Em provar do extremo
De misturar sonrisal, guaraná
Rum, cachaça e veneno
Ou barbitúricos batizados de bourbon
Quando você me deixou
Dormindo em casa e foi à zorra, amor

Juro por Deus, já olhei tantas vezes
Pro quintal
Um nó bem dado bem na corda do varal
Pra te punir ou não, quem vai saber?
Não me surpreenderia
Tua alegria mórbida ao amanhecer

Foi quando o samba chorou outra vez
E o nó pesado esquecido no peito desfez
E eu me banhei, eu me perfumei
E então decidi
Usar o decote mais abusado que existir

E eu vou abrir a fenda até o meu umbigo
E eu vou dormir com
Aquele teu melhor amigo
E me matar de ciúme por ti?
Ah! Por favor!
Se é pra morrer
Que morra você, meu amor.

Filipe Catto

Adoração

Como relâmpago, silêncio
Passe de milagre você me pintou
Me toma em teu compasso
Que só no teu abraço
Que eu me escondo do mundo

Pele que é pele não mente
Não esconde, não dissimularia
Meu corpo seja palco
Vertido e tomado em pelo à tua poesia

Eu adoraria, eu adoraria
Saber o percurso da tua boca à minha
Eu adoraria, eu adoraria
Ter de noite e de dia

Me perder na linha
E me encontrar no fundo dos seus olhos

Pele que é pouca e não se aguenta
Morre de vontade, dispensa ladainha
Meu corpo seja palco
Vertido e tomado em pelo à tua poesia

Eu adoraria, eu adoraria
Verbo imperativo da tua língua à minha
Eu adoraria, eu adoraria
Ter de noite e de dia.

Filipe Catto